De volta ao passado, esse é título interessantíssimo para esse
texto que aqui vou escrever.
O quanto belo é você poder se reencontrar com os momentos
mais felizes da sua vida, rever um local, rever as pessoas que ali habitam,
sentir no peito a emoção do reencontro, ou até mais, voltar ao “Caminho do
Renascer.”
Sem palavras para expressar tamanha felicidade, uma emoção
comovente, voltar ao lugar que vivi minha infância, juntamente com as pessoas que
amo incondicionalmente.
Voltar a Coqueiral foi uma viagem no tempo, ver e passar por
cada uma daquelas ruas, ruas essas repletas de alegria, de simplicidade, de
cheiro do mato e esplendor.
Reencontrei a casa que nos hospedou por tanto tempo,
confesso que foi um pouco triste ver a situação de abandono em que se encontra,
confesso que se a situação permitisse não sairia mais dali.
E quão belo foi poder reencontrar o visinho e ele te pedir
para entrar para tomar um café, encontrei na casa dele a mesma geladeira, e ele
me confessou que a mesma tem 40 anos. Pasmo fiquei, como pode uma geladeira com
40 anos em pleno uso? Bom, aqui nessa cidade pode tudo.
Triste fiquei ao saber que a maioria dos meus tios-avôs
tinham falecidos, mas me alegrei ao poder rever meus primos.
Quase indo embora veio-me a cabeça o reencontro do Caminho
do Renascer, aquela família humilde, aquelas crianças as quais eu passei minha
infância brincando junto será que estariam lá? Bom, não custava nada tentar, e
eu e meu irmão batemos numa porta de madeira, casinha humilde, mas que quando
abriu vi os olhos de uma mãe se arregalarem, aí eu perguntei ao lado do meu
irmão: - Sabe quem somos nós? E ela respondeu: - Claro, são o Athyla e o
Pitico.
Repleto de emoção ficamos, foram os primeiros e únicos a nos
reconhecerem após 14 anos. Daí em diante
foi só alegria, poder rever nossos amigos de infância, pode conversar, saber
como está a vida de cada um foi eternamente gratificante.
Acredito que nossas raízes são eternizadas nos locais em que
fomos mais felizes em nossas vidas. E a minha está eternizada aí em Coqueiral.
Quão bom seria podermos sempre rever aquilo que nos alegra,
podermos relembrar os momentos de alegria, pois muitas vezes o que nos sobra
são exatamente isso, apenas lembranças eternizadas em nossos pensamentos.
Autor: José Agenor Sapata
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