26 de mar. de 2013

Crônica de uma amiga sobre o livro “Amor é prosa, Sexo é poesia”, considerações para o Arnaldo Jabor.

Por ano são produzidos mais de 400 mil livros no mundo. Não leio um terço dessa quantidade, por isso não me sinto tão influente pra opinar com absoluta certeza qual livro é o melhor e qual deixa de ser, mas uma coisa garanto, de todos os livros que já li na vida, “Amor é prosa, Sexo é poesia” foi o que mais mexeu comigo. Rindo alto no ônibus, sem me preocupar com o mundo á minha volta, com os olhares preconceituosos em minha direção, ria de felicidade por encontrar palavras acolhedoras, que me davam esperança no Brasil, nas pessoas, no mundo. Uma única declaração de Eça de Queiroz mostrou maior compreensão à mim: “Como eu posso ser feliz se a Polônia sofre?”, como almejar a felicidade com tantas coisas a serem melhoradas? Arnaldo entende minha preocupação. Eu, encrenqueira desde a infância, tive que exercer minha paciência com críticas destrutivas vindas de leigos, ouvi “Arnaldo Jabor é repetitivo nas crônicas”, “Arnaldo Jabor só copia as frases de outros autores, substitui as palavras e assina com seu nome”, eu perdia meu tempo argumentando, mas o próprio Arnaldo já dizia: “é muita informação pra pouco conhecimento”, por isso minha resposta vem aqui, onde posso me expressar com clareza, sem ser mal interpretada, como Anne Frank declarou em seu diário: “o papel tem mais paciência que as pessoas”. Então vamos lá. Um simples livro, pequeno, com 171 páginas me fez conhecer, o Arnaldo educado por jesuítas e pai severo, que tinha tudo pra ser diplomata, e optou em ser um comuna revolucionário da UNE. O Arnaldo psiquiatra, que desvendou a mente perversa de Suzane Louis Richthofen, Osama e seus motivos que levaram a cometer o 11 de Setembro, George Bush e seu governo à frente da maior potência mundial, e as confissões sinceras de um ladrão brasileiro. O Arnaldo nostálgico: “Antigamente, havia tempo para o tempo passar”. E teve também o Arnaldo, mais conhecido pelos brasileiros: o polêmico. Sem medo de falar o que pensa, mandou em uma das crônicas “Lembra a Inquisição? Deus é violento...” eu não sabia se ria, ou se o caracterizava como muito louco da cabeça! Opinião formada a todos os temas existentes, religião, política, amor, sexo, dinheiro, fama etc. Arnaldo isso, Arnaldo aquilo, Arnaldo. Mestre. Eu sou absolutamente suspeita pra falar sobre Arnaldo Jabor (ok, admito), mas só ele com suas crônicas geniais trás em mim meus sentimentos mais ocultos, cada palavra, me remete uma lembrança minha e uma saudade enorme de coisas que não vivi, me dá um propósito àquelas sensações indecifráveis que perturbam o ser, que não sabemos de onde vêm, e pra onde vai nos levar... Da pra entender? não sei explicar exatamente, é como ouvir um reggae em frente a um mar sem onda com o luar desenhado por Van Gogh, é um Natal, é um almoço de domingo com a primaiada toda reunida relembrando à infância, Arnaldo me trás sentimentos bons. Mesmo que tente explicar severamente, só ele poderia entender (sem menosprezar os demais). Ok senhor Jabor, vamos parando de puxação de saco, já li seu artigo sobre fãs chatos e não quero me enquadrar nessa categoria, mas acredito que nenhum um intelectual de esquerda consiga trazer em mim, sensações que você trouxe. Talvez um dia, nos encontremos numa copa em algum escritório no Rio de Janeiro, ou nos encontremos no céu flutuando cada um em sua nuvem, o importante é que eu tenha a chance de te dizer: - Filho de uma boa cozinheira, nosso Brasil tá mudado, a Igualdade Social chegou aqui, Brasília não existe mais, e a mídia não coloca mais a massa no bolso. As pessoas estão pensando, e toda informação esta vindo recheada de conhecimento, o brasileiro agora ta educando a mente com coisas produtivas, e o desenvolvimento meu velho, chegou até na África. Nosso trabalho foi encerrado. Maktub Arnaldo – tudo estava escrito. E você, com suas rugas compostas de pura experiência, seu raro sorriso, me olhará profundamente nos olhos, e dirá: - agora vamos voltar criança, que ainda nos falta a América! Autoria de Taynara do Carmo

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